domingo, 14 de março de 2010

Só irei se tiver kisuco

Gostei de ter ido ao churrasco. Gostei mesmo. A lasanha vegetariana estava uma delícia. É sempre bom estar entre gente nova.
Só não gostei dos excessos com o álcool. Já fui a tantas festas malucas, nada me surpreende. Mas com o tempo a gente fica mais preocupada com as conseqüências de algumas ações e não podemos nos omitir.
Tenho feito festas em minha casa e a bebida não é o foco principal. Geralmente focamos na música. São encontros para sarau, onde se toca, canta e em algumas vezes recitamos poesias. Cada um traz um prato e a bebida que vai beber. Bebida o bastante para brindar a vida e limpar a garganta da comida boa.
Ninguém quer ver gente vomitando pelos cantos e perdendo a festa. O encontro é para confraternizar. Do contrário podemos encher a cara em casa. A bebida tem sido a motivação principal de algumas festas. E isto não é mania somente de jovens. Há pessoas que perpetuam o costume do excesso por mais tempo que o necessário destinado à experiência da novidade da embriaguez quando jovem. Quando um jovem se embriaga rezo pra tenha uma ressaca tremenda que o faça querer beber nunca mais até que aprenda a ser mais comedido e saiba apreciar uma boa bebida.
Mas por enquanto me preocupo com o ôba ôba do incentivo à bebedeira de uns pelos outros. Isto sim é feio. As pessoas têm muitos motivos para beber e quase sempre estes não têm nada a ver com estar feliz. Dizem os especialistas que a maioria bebe para se desinibir, quebrar o gelo. Pois quanto uma pessoa precisa para quebrar o gelo? Será que toda pessoa sabe a medida certa entre a ingestão de álcool e o efeito deste? Fico delirando e imaginando um exame específico para isto. A pergunta seria mais ou menos assim: 'Doutor quanto de álcool eu posso beber para ficar prontinha e não sair vomitando nas festas, chamando a atenção sobre mim?'
Não julgo o excesso, apenas me preocupo com as conseqüências e os riscos que os envolvidos muitas vezes não percebem. Estar em uma festa onde alguém pode capotar com coma alcoólico pode ser muito perigoso para todos, além do bêbado. Mas isto é uma reflexão de quem já foi jovem e que com o tempo vai experimentando outros olhares, mesmo sem querer.
A responsabilidade pelos excessos não seria de todos?
O meu conselho é que os organizadores de festas tivessem a lista dos exagerados e para eles só liberassem só Kisuco. Quem não sabe beber ou está aprendendo deveria ser cuidado mais de perto. A socialização entre pessoas amigáveis deve ser feita com cuidado de uns pelos outros. É um princípio solidário inestimável.
Espero que nas próximas festas tenha kisuco, porque pretendo ir a todas, se me convidarem depois deste meu comentário.

Um comentário:

  1. Com certeza a senhora irá sempre ser convidada,mesmo que tenha alguns puxões de orelhas quanto ao fato de nos preocuparmos mais com os 'bebuns' de plantão.

    Obrigado pela presença e até sexta!

    ResponderExcluir